26 de abril de 2012

{5} Dias Contados: A volta.

Olá, queridos leitores, seguidores, acompanhantes, visitantes e amigos! O post de hoje é o quinto texto da série "Dias Contados", que escrevo juntamente com o Felipe Dias, o texto de hoje é de sua autoria. Raquel e Danilo foram apresentados para vocês, se conheceram em uma calourada, se encontraram, jantaram e na hora do filme ele saiu correndo por causa de uma ligação em seu celular. QUEM ligou para Danilo? Será que ele volta para buscar as suas coisas? Será que Raquel ficou na mão de vez? Descubra a seguir.

Gostaria de lembrá-los que suas sugestões de temas, críticas e dúvidas são sempre benvindas no e-mail avidaemmiudos@gmail.com. Se curtir o blog, divulgue para os amigos! Um grande abraço e boa leitura!

"O que for teu desejo, assim será tua vontade. O que for tua vontade, assim serão teus atos. O que forem teus atos, assim será teu destino!" - Deepak Chopra

- Alô? Danilo? Sou eu, Lu! Estou te ligando pra dizer que precisamos conversar! Eu sei que errei, mas quero corrigir as coisas! Alô? “Tá” me ouvindo? Danilo? – Era ela. E pelo modo como eu escutva suas palavras... Estava bêbada. Ou perto disso. Com certeza fazendo o que jogou na minha cara que iria fazer. Curtir a vida sem mim. Então pra que aquilo? Será que estava mesmo arrependida ou era apenas efeito do álcool? E foi a minha vez de responder: 

- Desculpa. Mas não tem nenhum Danilo aqui. Foi engano. – desliguei. 

Acho que nem apostando na loteria eu teria arriscado tanto assim. Apesar dos pesares fui feliz com ela, mas naquele momento decidi que deveria seguir em frente. No caso, voltar à porta pela qual tinha acabado de sair e deixado uma mulher completamente confusa. Nunca fiz aquilo. Sempre penso (até demais) antes de agir. Fui impulsivo. E precisava me redimir. Mas como?

Passei a mão pela maçaneta: Trancada! 

“Droga! Agora complicou... Coragem! Acabou de tomar uma decisão importante e não vai (pode) fraquejar agora!”- acho que precisava me consultar. Falar sozinho estava ficando rotineiro. “Toc, toc!”, dei duas batidas de leve, foi o máximo que consegui. “Espero que esteja acordada!”. 

A porta se abriu. E um vulto acinzentado veio em direção ao meu peito. Mimi. 

- Já imaginava que a recepção mais calorosa viesse da parte dela – disse com um risinho de canto de boca. Precisava quebrar o gelo. 

- Aconteceu alguma coisa? – Direta. Enquanto eu, atordoado. Via-me sem saída. Falar a verdade, não era uma opção. 

- Minha mãe... Avisando que chegou bem de viagem. – A cara de interrogação se formou. Óbvio. Afinal, porque sai correndo? – É que o celular estava com o sinal muito ruim aí dentro. Sabe como é ligação de mãe, né? Tem que atender. Posso entrar novamente? 

- Claro! Você deixou suas coisas aqui, imaginei que voltaria... Alguma hora! – Ela disse com uma cara de interrogação. 

Entrei sem jeito, porém acho que tinha feito progresso. Aproveitei que o filme tinha parado numa parte interessante e a fiz dar continuidade ao mesmo. O clima de tensão, tanto do filme quanto da sala demorou a passar. Acho até que Mimi sentiu isso no ar, porque logo deu o seu jeito de sair de perto. Antes que a bomba estourasse, e eu não me refiro ao filme. 

Entretanto, também consegui, sem precisar ficar bêbado, fazê-la rir e relaxar. Agarrei a garrafa de vinho com todas as minhas forças e me esforcei, sem deixá-la perceber, que era a partir dele que iria esfriar, ou esquentar, as coisas. E estava conseguindo, além de gostando mais da situação, ela sorria muito. E aquele sorriso dela muito me agradava. Graças ao vinho e ótimas risadas a situação com o demônio (celular) já havia sido apagada da memória. E aproveitei para dar uma investida. 

Sentava-me mais uma vez confortável ao seu lado e seu calor me aquecia o coração. O filme já estava no seu clímax. E vi ali uma oportunidade. Ela parecia ter se ligado tanto ao filme quanto eu, e assim vi nele certos pontos que condiziam com a nossa realidade. Um casal que se conheceu por acaso. Destino. Passaram a se conhecer. Novas experiências. Aventura. E uma química tão forte que... Num dado momento onde o personagem principal beijava a garota, senti Raquel se remexer ao meu lado. Meio inquieta, sem jeito (?), ou com muito jeito de quem estava querendo e pensando muito em beijar, em me beijar. Meu braço já em torno dela fazia uma massagem lenta e direcionada em seu joelho que a fazia vibrar. Senti ali que não poderia demorar mais. 

Num aparecimento, novamente, repentino, e cômodo, de Mimi, ela pulou de susto, o que ocasionou o aparecimento repentino dela no meu colo. Mesmo ela, direta, segura e impulsiva. Às duas da manhã aquela situação pegaria qualquer um desprevenido. Principalmente eu, que me preparava para tentar algo. 

- Desculpa, me assustei com aquela gata maluca. Esqueci que o filme não é de terror e não admite sustos! – Riu. 

-Imagina, foi automático! 

...

-Automático?

-É... Digo... Que foi sem inten... – E ela me beijou. Simples assim. Apenas me calou com O beijo. Fechara os olhos com uma vontade de quem já esperava aquele momento. E assim fechei os meus e me deixei levar. E percebi que em certos momentos, as expectativas podem ser alcançadas, mas em outros, superadas! O calor aumentou. O abraço se apertou. O coração se acelerou. E o tempo não mais passou. O filme foi deixado de lado. Mimi esquecida com seus miados de ciúmes. E ali, entre uma troca intensa de carícias, me vi pensando que tinha feito a escolha certa.

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